sábado, 24 de setembro de 2011

O CIDADÃO E A CRITICA

Um cidadão critico é muitos vezes tomado como um cidadão do contra. Mas não é sempre assim.
Para isso não basta apontar o dedo, é necessário participar activamente na vida do Município. Esquecem-se muitas vezes os eleitos e os cidadãos que quanto mais participada for uma decisão, mais responsabilidade acarreta e terão que se obter sempre resultados.
A crítica em meu entender é sempre necessária, desde que seja responsável, fundamentada e representativa. Participar e exigir, mais do que um direito, é um dever de todos nós.
Só através da participação activa na nossa comunidade podemos exigir mais e obrigar a que se cumpra o que a maioria aprova.
Não chega votar ou não votar. Sendo o voto nas eleições a expressão soberana de uma cidadania activa, não se pode a partir desse acto, deixar que os eleitos façam o que bem entendem durante quatro anos. Todos temos a obrigação de exigir uma sociedade mais justa para todos e só com uma cidadania activa no dia-a-dia isso se consegue.
Acontece também a muitos autarcas no poder criticarem que a população não participa, nem intervêm porque não quer ou é demasiada indiferente para o fazer. No entanto acontece que quando os cidadãos tem a necessidade ou querem participar, são apelidados do contra. Penso que uma cidadania activa valoriza e reforça o nosso sentimento de comunidade. Infelizmente muitas vezes os eleitos para a autarquia não tomam isso em conta e julgam-se soberanos e detentores da verdade do alto dos seus pedestais.

Por isso e porque acredito plenamente no que escrevi, me considero um cidadão crítico. Não admito a ninguém que me tome com um cidadão do contra. O meu amor ao Concelho onde nasci e sempre vivi, onde os meus antepassados lançaram as suas raízes familiares dá-me esse direito de criticar construtivamente, mesmo que na maior parte das vezes não me ouçam. Mas desistir nunca.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A NOSSA VIDA COMO CIDADÃOS

Não deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no seu sonho ou que seus desejos nunca se irão concretizar ou que não consegue. Quem acredita e luta por isso sempre alcança. Sentimentos são reacções físicas a um estado mental.
A sociedade moderna, com todos os meios tecnológicos ao dispor, tem um factor de individualismo que cada vez mais se acentua. Lendo, escutando e aprendendo noto na minha experiência profissional diária, mas sobretudo nos meios de comunicação electrónicos, pelas mensagens colocadas, um crescente desanimo nos meus amigos, nas pessoas em geral. Eu também sofro desse mal, mas não quero alimentá-lo.
Temos que ser fortes. Cada pessoa vê o mundo à sua maneira e da forma como o sente. Mas nota-se nessas mensagens que me chegam a angústia, os desgostos, desentendimento, ressentimentos e falta de amor sobretudo.
Crise financeira, a falta de perspectivas, a corrupção, a crise política, a falta de educação, a baixa qualidade da saúde, e a violência. Tudo isso aumenta e muito a intensidade
Quem sou eu para apregoar ou ensinar, mas no direito que me assiste como ser humano integrado numa sociedade em crise permanente, com dificuldades financeiras, com falta de exemplos de valores humanos, sobretudo nos políticos deste nosso Pais, é minha convicção pessoal que juntos e esquecendo algum egoísmo e comodidade que temos direito a usufruir, conjuntamente em sociedade podemos alterar muito. Nem imaginemos quanto. Para mim é isso que faz falta e que se tem perdido.
Chamem de bairrismo, de necessidade de afirmação, temos que ter sempre presente que a tristeza e o desânimo sempre fizeram parte do ser humano e chorar as nossas dores muitas vezes traz um grande alívio. Mas se a chorarmos em comunidade podem acreditar que elas se transformam em alegrias, pois caminhamos juntos.
Infelizmente os políticos do nosso Pais, do nosso Concelho não têm sido o melhor exemplo para atenuar as nossas tristezas. Mas juntos teremos a força necessária para mudar a sociedade em que vivemos. Eu, pessoalmente e só por acreditar nisso tenho alguns momentos de profundo desanimo, mas que transformo em vontade de servir e avanço com optimismo.
Bem hajam.

domingo, 18 de setembro de 2011

DIAS TRISTES

Segurança e Prevenção no Concelho

Este ultimo fim-de-semana foi trágico para muito de nós com mais alguns acidentes rodoviários de que resultaram a morte de dois jovens. Quando nos toca mais de perto estas situações quer pelo conhecimento e convívio com os que partem, como foi o meu caso com um dos jovens Cristiano Lopes que com 20 anos perdeu a vida em acidente rodoviário, vem-nos à lembrança muitas questões que nos apetece colocar e revoltar quando nos apercebemos do mundo em que vivemos e do que não se faz e poderia ser feito.
Não vou neste artigo até pela tristeza que sinto pela morte de mais dois jovens tomarenses, tecer muitos comentários, no entanto questiono os responsáveis do nosso Concelho sobre:

1. Existe no nosso Concelho um Plano para a segurança dos cidadãos, quer no âmbito rodoviário quer no aspecto de luta contra a criminalidade?
2. Já foi feito algum protocolo de cooperação com o objectivo de criar uma parceria no âmbito da segurança, nomeadamente a Rodoviária? (exemplo: O que fez a Câmara de Ourém com a GNR)
3. Carta Europeia de Segurança Rodoviária diz alguma coisa a esta Câmara?
4. O que tem feito a Câmara no sentido de cumprir com o estabelecido a nível de legislação nacional e europeia e encarar a necessidade de planear a sua actuação e integrar o envolvimento dos demais agentes implicados na circulação rodoviária, para uma maior segurança dos seus cidadãos?

O Sr. Presidente da Câmara no Boletim Oficial da propaganda do executivo Tomarense, em Agosto de 2009 e no seu editorial traça em termos de confiança que tudo vai fazer para garantir a segurança, referindo” Às Câmaras Municipais cabe um papel importante nessa tarefa (Segurança), desde o
planeamento territorial até à responsabilidade efectiva”. Mais adiante refere” como em todos os que envolvem a ideia de segurança, cabe a
todos nós contribuir para que o mundo, e no nosso caso concreto o concelho de
Tomar, seja um espaço cada vez mais seguro.”. O que já fez Sr. Presidente, desde estas declarações oficiais.

Todos neste momento actual sabem o que é viver em Tomar, atacados pela criminalidade exercida diariamente sobre tantas formas e também pela segurança rodoviária, inexistente em tantos locais do nosso Concelho.

Para terminar e porque falo com conhecimento de causa, pois a minha área profissional dos últimos 30 anos tem sido também na área de segurança e prevenção, aguardo “sentado” que o Sr. Presidente nos informe de algo. Silêncio da sua parte como é costume, começa a “chatear”.

Esquecia-me de referir e para relembrar os interessados que a CMT, participou e apoiou em 2007 um fórum internacional em Tomar sobre criminalidade. Em Janeiro 2011, não sei se participou num Fórum Intermunicipal em Alcanena sobre os Planos Municipais de Segurança mas deveria estar presente . O tema era “Planos Municipais de Segurança Rodoviária”.


Para que servem tantas reuniões, declarações e fóruns se nada se concretiza, ou é só impressão minha. Responda às minhas perguntas e elucide os munícipes Sr. Presidente, ou então porque está na Câmara, onde recebe ordenado, que pagamos com os nossos impostos. Se não se sente à vontade com as funções, saia. Já outros o fizeram antes de si. Alguns até tarde de mais.

CARTA ABERTA AO SR. MINISTRO MIGUEL RELVAS

Centro Escolar de Linhaceira
Sr. Ministro,
Ponderei bastante antes de publicar esta carta aberta, dirigida a si na qualidade de Ministro de Portugal. Mas atendendo aos sucessivos apelos que tenho dirigido na Câmara Municipal de Tomar, vejo-me confrontado na qualidade de munícipe Tomarense a escrever e falar-lhe sobre a temática inserida na Carta Educativa do Concelho de Tomar, no tocante à construção do Centro Escolar de Linhaceira. Tem sido um silêncio absoluto por parte dos responsáveis executivos que aprovaram a referida Carta e o Centro Escolar de Linhaceira, entre outros.
Lembra-se certamente que na altura e nas funções que ainda hoje exerce de Presidente da Assembleia Municipal, o confrontei com o meu receio que este Centro Escolar de Linhaceira, assim como do fecho anunciado das Escolas das Freguesias, iria tornar insustentável a vida escolar e financeira para uma grande maioria de alunos e pais, tendo por ironia vestido de luto, enquanto membro na altura da Assembleia Municipal. Isto em 2008. O Centro Escolar de Linhaceira, assim como outros enunciados na Carta Educativa que o Sr. Ministro, enquanto Presidente da Assembleia Municipal aprovou de bom grado, continua a ser uma miragem.
Quero referir-lhe com o máximo respeito que continuo de luto, assim como todos os habitantes deste também seu Concelho, que ficaram e aguardam prejudicados pelo cumprimento da Carta Educativa e construção do Centro Escolar, repito que o Sr. Ministro, noutras funções votou favoravelmente.
Conhecedor da sua presença na inauguração de um merecido Centro Escolar em Ferreira de Zêzere, no próximo dia 9 Setembro, na qualidade de Ministro de Portugal, sei pelo relacionamento institucional que mantive consigo, como Presidente da Assembleia Municipal de Tomar durante 4 anos, que se irá lembrar certamente daquelas Assembleias Municipais em que foi discutido e votado a Carta Educativa do nosso Concelho, que também repito é o seu.
Sei também que sendo um homem de palavra e agora nas funções poderosas de Ministro, não deixará de recordar dos seus discursos e vontade expressa em voto, nas referidas reuniões da Assembleia Municipal.
O país exige uma repartição justa e igual dos seus recursos financeiros. Com este pensamento e também na aposta na juventude do nosso Concelho, permita relembrar mais uma vez e com o devido respeito, que não podem existir alunos de 1ª e alunos de 2ª categoria.
Assim fica transcrito o meu apelo como munícipe, aliado aos habitantes deste Concelho e desta Freguesia para que faça algo. Que aconselhe a Câmara de Tomar que todos temos o direito à informação da situação da construção do Centro Escolar de Linhaceira e também como é óbvio à sua construção urgente.
Não querendo tornar-me maçador, como é meu hábito e com o respeito devido, recordo-lhe mais uma vez.
Não se esqueça do seu voto na Assembleia Municipal em 2008.

Um munícipe Tomarense