sábado, 15 de setembro de 2007

MULHERES AO PODER

Ficção ou realidade ?

Sem querer entrar numa situação grave de choque de mentalidades, cada vez acredito mais que a cidade de Tomar e o seu Concelho só poderão evoluir e sair da “cepa torta” em que se encontram, se efectivamente o futuro executivo camarário for composto maioritariamente por Mulheres. Tomarenses de “cepa”, que possam efectuar uma limpeza em grande, quer na administração pública, quer na parte social da nossa minguada terra.
Não sou dos que acreditam na chamada percentagem de quota de mulheres numa determinada lista ou executivo. As verdadeiras mulheres não precisam disso e os homens não têm que fazer esse favor.
Quando me dizem que um homem é igual a uma mulher em determinada cargo, já começo a duvidar.
Pois se com homens não saímos do mesmo “marasmo” o motivo possivelmente é porque as mulheres ainda não avançaram em força e tomaram o poder.

No mundo actual, na vivência diária do dia a dia, quem é que na sua maioria ganha só um vencimento, quando trabalha por turnos em dois?

A maioria das mulheres e alguns poucos homens.

A mulher tomarense sabe o que é ter que fazer o seu horário de trabalho e depois ter que administrar e zelar pela sua casa. Assim já tem a experiência que falta a tantos e actuais autarcas.

E só a administração correcta da sua casa, o tratar dos filhos, o arranjo da roupa para o marido, a chamada “lide caseira”, a torna num gestor do mais alto gabarito para qualquer cargo em que tenha que zelar e governar outra instituição.

Duvidam?

Por isso e está mais que demonstrado com aqueles que lá estão não resulta, sou de opinião que o futuro executivo camarário deverá ser composto na sua maioria por VERDADEIRAS MULHERES TOMARENSES.

Atrás de um homem existe sempre uma mulher ou mais. Penso que é chegada a altura para que ainda exista futuro para Tomar que as mulheres passem para a frente e os homens para traz.
Assim poderá resultar e inverte-se o ditado popular, que por detrás de um grande mulher existe sempre um homem. Vão ver que resulta.

A experiência irá mostrar-nos que não existe uma maneira própria de governar por ser mulher, mas sim modelos diferentes de gestão e visão.

As mulheres Tomarenses não são melhores que os homens. Podem sim pela sua feminilidade serem diferentes e provam-nos a todos, no nosso dia a dia.

Unidos assim os Tomarenses, homens e mulheres de boa fé, neste espírito de progresso, acredito que Tomar ainda poderá ter alguma esperança de progresso.
Meus amigos como o cenário se apresenta é que não vejo para os habitantes do nosso Concelho nenhum futuro, aliás vejo um futuro sombrio.

Para que não haja mal entendidos, não pensem que estou a construir um cenário com uma Mulher na frente e os restantes homens. Não senhor. Para mim neste momento a aposta é num executivo com predominância de mulheres.

Não são os eleitores e os habitantes de Tomar, maioritariamente mulheres?


Em termos de análise final, mas continuando crente que esta mudança nos destinos do nosso Concelho seria salutar, termino que se não houve até agora mais mulheres em determinados cargos e são necessárias neles, têm sido elas as principais responsáveis da sua própria exclusão, pela simples facto que demonstram um desinteresse marcante pela vida politica ao contrário da maioria dos homens.

Mas pudera, como a “CASA” está quais são as Mulheres que tomam a iniciativa para a ir limpar?

domingo, 2 de setembro de 2007

Os homens que exercem determinados cargos de poder, nas suas altas funções de mandatários para que foram eleitos, deveriam ser sempre servidores do cargo que ocupam e para o qual foram eleitos, servidores da comunidade independentemente do resultado da votação. Tal na maioria dos casos, não acontece e o resultado está à vista.
Felizmente que existem raríssimas excepções, mas contam-se pelos dedos de uma só mão.
A boa vontade, dedicação leal e carácter resoluto no espírito de servir e não servir-se tem-nos conduzido a caminhos que demorarão muitos anos a serem revistos e limpos da má vontade, ou má gestão.

Embora não pesem os deveres morais que lhes competem, vivem, praticamente todos a confessar uma ausência tremenda do impulso vocacional, com que se apresentaram a sufrágio, recebendo no entanto os proventos comuns, vulgarmente designados por salários dos cargos que ocupam.

Muitas das vezes, parece-nos viver ainda na Idade Média, em que um diploma ou um cargo que ocupam os transforma no equivalente aos títulos de nobreza e fidalguia de outros tempos.
São infelizmente muito raros os que demonstram no dia a dia a vocação de servir espontaneamente e com humildade.

Servir deve ser sempre a divisa dos que gostam de comandar e foram eleitos para tal.
Mas estarei eu louco, pois ainda acredito que a politica, os cargos dos que foram eleitos pela comunidade, é servir o cidadão, não alguns, mas todos.

O que é a politica?
É o serviço prestado à comunidade, é dirigir o Concelho em nome dos outros, em defesa dos seus interesses, independentemente do Partido ou de serem maioria. Estarei a divagar?
Gostaria de acreditar que não, porque infelizmente na maioria das vezes tal não acontece e o resultado está à vista.

Servir.
Sempre coloquei grandes reservas em pessoas que com grande sentido de autoridade, podem levar as suas comunidades ao franco progresso ou afundá-las na decadência e estagnação. O meu pensamento e análise dessas pessoas vai quase sempre para a segunda hipótese.
Habitualmente nestas pessoas com este perfil, não consta no seu signo o saber servir, para ser servido.

Deveria ser natural que o governante ou administrador de bens públicos, em qualquer altura respondessem pelo que fazem, colhendo e dando conta dia a dia e sobretudo depois de deixar o cargo, dos recursos que lhe foram confiados, passando a receber de forma automática, os bens ou males que semearam. Mas infelizmente isso não acontece e o resultado está à vista.

Servir.
Quem não deseje servir, que não concorra a cargos que exigem essa virtude e procurem outros géneros de tarefas onde poderão ser mais úteis à sociedade ou a si próprios.

Servir.
Servir é ouvir os outros, mas a sério. Ouvi-los mesmo, com interesse verdadeiro de poder servir mais e melhorar os interesses de toda a comunidade, seja ela de que partido, raça ou crença for.

Um autarca não é um cidadão igual aos outros, não é uma elite, não é um soberano com brasão idêntico aos que existiram noutros tempos mais longínquos.
Ao concorrer a um cargo publico, de servir, tem a obrigação sobretudo moral de pensar e actuar sempre com o espírito liberto de fantasmas, de maiorias, de ter sido o que teve mais votos, etc.., como se isso o transformasse num elemento de uma outra classe social, nomeadamente dominante.

A verdadeira função de um politico, de um autarca, direi mesmo a sua verdadeira vocação, não deverá ser uma carreira motivada por ser popular, por ser autoritário, por ser bem falante, por ter boa figura, mas uma enorme vontade de servir o bem comum, para todos e não para uma facção que possue os meios de pressão mediáticos e sociais.

Para finalizar estes meus pensamentos sobre o SERVIR, e entrando já um pouco na utopia, os autarcas eleitos, deveriam ser alguém que animados de ideais e valores, mas sem necessidade de seguir uma ideologia intransigente, não desejassem mais do que servir e melhorar as condições de vida dos cidadãos da sua comunidade.

Que o poder não é um meio, nem um fim, para construirem a sua carreira mas sim um meio para servir a comunidade.

Que realizando os desejos da sua comunidade, do seu concelho, sem promessas demagógicas, deveriam saber servir e no cargo que escolheram concorrendo voluntáriamente, pois ninguém os obrigou, sacrificar sempre os seus interesses particulares em favor da maioria.

O autarca ideal deveria ser sempre uma pessoa, que em lugar de se julgar acima dos outros, quer pelo seu estatuto de diplomado, quer pela sua “longa experiência”, etc.,
utilizar o seu alto saber, a sua experiência e motivação ao serviço dos outros e face a estes, olhos nos olhos, saber dobrar a espinha e com humildade, saber utilizar o verbo essencial da sua actividade, que é servir.

Rematando: Podem julgar que o que escrevi é ficção, mas na sua essência eu acredito que se pode ser um grande autarca, desde que se possuía o melhor mandamento que os verdadeiros grandes homens tem utilizado – SERVIR OS OUTROS.

Ao vosso dispor,