Depois da renuncia do Presidente da Câmara.
Depois de um Orçamento aprovado numa Assembleia Municipal onde a maioria ali foi para dizer amem e que nos vai penalizar mais um ano.
Depois de um executivo que durante anos manda numa Câmara, num Concelho e onde se ouvia uma só voz, que fazia o que lhe apetecia e ainda sobrava tempo.
Parece que algo mudou em Tomar.
Começam cedo a aprontar-se candidaturas, alternativas, etc.
Alguns que nunca escreveriam uma linha num jornal, ou o diriam numa entrevista, começam timidamente a dizer algum mal da actuação do seu ex-Presidente. Anteriormente era só bajulação e votar sim, mesmo que não concordassem. Esse mérito nunca o tirei ao Eng. Paiva. Sabia manter as hostes firmes no levantar e baixar votos conforme queria.
Agora que nos resta.
Uma série de galos prontos a atacar o poleiro. Porque infelizmente a maioria dos que pretendem ir para a Câmara Municipal não é por uma questão de trabalhar em prol da comunidade, mas sim elevar o seu status social. Outros por uma situação de sobrevivência natural, pois mais nada sabem fazer se forem obrigados a trabalhar no rijo.
Cada um tem o direito de tentar a aventura do sufrágio universal em democracia.
Mas tenham dignidade, não se escondam e avancem.
Podem inclusive começar a fazer algum trabalho voluntário em prol dos precisam, como os dois jornais de Tomar, tem ultimamente tanto falado.
Quem quer ser candidato?
Eu particularmente acredito que alguém que se candidata ou ameaça fazê-lo por interpostas pessoas, deve ter ética antes de tudo. E ela começa logo ai no momento de mostrar essa disponibilidade para o cargo.
Precisa de ter ética, precisa dar o exemplo. Porque ali se define logo o homem ou mulher. O exemplo terá que vir sempre de cima.
Tem que ter muita responsabilidade e respeito com o eleitor e cumprir o que promete.
Se não pretende avançar que modere a sua linguagem e tenha respeito pelos outros.
Tomar precisa de alguém que goste de trabalhar em equipa, mas mesmo em equipa e essencial gostar muito, muito, muito de Tomar, mais do que dele mesmo.
Quem avançar tem que ter uma personalidade forte, uma equipa coesa com vontade de fazer progredir o nosso Concelho e não colocar os seus interesses particulares, as suas angústias ou frustrações pessoais acima do cargo para que foi eleito.
Tem que ser um bom administrador dos dinheiros públicos, saber falar e ouvir para assim não excluir ninguém, tornar-se um verdadeiro mestre de uma equipa que pelos seus actos possam valorizar o Concelho e os seus habitantes.
Os candidatos ou candidatas ideais a estes cargos, não precisam de muito. Precisam de gostar de Tomar, do Concelho e saber abdicar dos seus interesses pessoais em favor da população que o elegeram. Não se tornarem hipócritas e esquecidos nas promessas.
Porque candidato perfeito não conheço e se esse homem ou mulher ainda não nasceu, se nasceu e não se criou e se criou e já morreu, não vale a pena lutar por ele. Não existe.
Nem Jesus Cristo conseguiu agradar a todos.
Para terminar deixo como complemento um pequeno verso da letra de um samba brasileiro e que se adapta perfeitamente ao momento actual.
Despertei
De um velho mundo renasce a esperança
Um sorriso de criança
Com alegria vem cantar
Deste mundo mal tratado
O povo vai reagir
Quem canta agora de galo quer poleiro
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