sábado, 5 de julho de 2008

CARTA ABERTA AOS CIDADÃOS TOMARENSES

Vou começar por referir que embora não gosta da palavra censura, pois numa outra época ela tinha um efeito atentatório da liberdade, hoje terei que a utilizar noutro sentido – Censurar, como acto de condenação de atitudes, critica e fazer reparos ao executivo camarário.

Não o faço de animo leve,

Hoje, utilizo esta palavra – Censura, porque já chega. Basta. Faço-o com a consciência tranquila, olhos nos olhos, como tem sido meu hábito nesta Assembleia ou em qualquer outro lugar.
Nunca gostei de mandar recados e as minhas responsabilidades sempre as assumi, já não podendo dizer o mesmo de V.Ex.cias, senhores do executivo tomarense.



Não venho aqui com a intenção de vos apresentar qualquer argumentário político, mas sim relembrar o que têm feito de prejudicial para o nosso Concelho e que vos temos alertado para tal, embora sem efeito nenhum na consciência e actos de V: Excias.

Vou tentar ser o mais claro possível na minha intervenção e em alguns pontos, que vou resumir a 10, sintesar o motivo desta moção de censura:
Chamarei a esses pontos,

As 10 trapalhadas do executivo que tramam e tramaram o Povo Tomarense.

1. Situação financeira da Câmara
O tratamento que o executivo está dar à situação financeira da Câmara tem vindo a conduzir ao aumento da divida, que já não é controlável, o que demonstra a incapacidade de gestão e coloca em perigo o futuro da autonomia da Autarquia. O rácio dos passivos financeiros sobre as receitas de capital duplicou em 10 anos, passando de 10,2% em 1998 para 22,04%, representando que hoje estamos mais ENDIVIDADOS que há 10 anos;


2. As verbas que são dispendidas a belo prazer por este executivo em maus planos e que são a imagem de marca de todos estes anos de gestão desta Câmara é a absoluta incapacidade, incompetência e atavismo na resolução dos problemas municipais. Entre 2005 e 2007 a LIQUIDEZ do Município baixou de 25,15% para 15,75%, o que piora a sua capacidade para honrar em tempo os seus compromissos
3.
Este é o mandato em que os pedidos de informação, escritos e orais, da Oposição, ficam sem resposta, semanas a fio, quando a lei fala em 15 dias.

4.
Cientes de que toda a pergunta tem uma resposta, sabemos também que a resposta da Maioria, é tudo terem feito em nome dos superiores interesses do concelho, e que todo aquele que duvida e questiona não é seguramente a favor do concelho mas sim contra ele.
Deixem de olhar só para o vosso umbigo.


5.
De facto, os mandatos deste executivo na Câmara mais não fizeram do que acentuar um
modelo governativo caracterizado pela falta de transparência e de diálogo, pela mentira, pelo clientelismo, pelo
Caciquismo, pelo nepotismo. Política é política, trabalho é trabalho, amizade é amizade, isso são valores que os membros eleitos pelo povo de qualquer instituição pública não devem nem podem descorar.

6.

É um executivo cansado e sem ideias. Foram mais quatro anos perdidos. Tem sido um executivo caracterizado pelos projectos sem sucesso
Não revelam capacidade para a resolução dos problemas de fundo.
a) São medidas completamente vazias e sem sentido da realidade. Ao longo dos últimos anos assistiu-se a uma total falta de capacidade da Câmara, enquanto primeira entidade responsável, de ter o mínimo de actuação ou sequer influência que não negativa, no desenvolvimento económico, no incentivo ao investimento, no apoio ao comércio, na promoção do turismo, ou em qualquer outro sector de progresso do concelho.


7.
Gasta-se dinheiro ou desvia-se em intervenções de fachada, como é o caso das rotundas, da celebre fonte enquanto os credores, entre eles numerosas pequenas empresas às quais a actual Câmara tem vindo a contrair dívida desde o início do mandato, continuam à espera, ou seja, a ver navios".
As freguesias rurais são desprezadas, o parque auto da Câmara não existe ou não funciona, as atitudes perante os Presidentes de Junta são de alheamento e de abandono, ou de falsas promessas. Percebe-se assim que a principal lacuna dos trabalhos a efectuar nas Freguesias advém do não investimento em novos equipamentos, pelo que não pode deixar o PS de tomar devida nota desta atitude de mais de 10 anos de degradação do Parque de Máquinas da Câmara


8.
Esta Câmara esta a asfixiar financeiramente o Concelho de Tomar e hoje temos mais dificuldade em PAGAR o que devemos, comprovado pelo rácio de amortização+juros de dívidas ter passado de 5,88% em 1998 para 9,53% em 2007.


9.
A maioria PSD na câmara de Tomar continua a mostrar que não sabe quais são as verdadeiras prioridades e necessidades de Tomar e dos tomarenses. Esta recente intenção de querer retirar dinheiro aos arranjos na Estrada Nacional 110 é disso mais um acabado exemplo.


10.

Para todas as obras verdadeiramente importantes a Câmara diz não ter dinheiro, quando afinal o esbanja continuamente em obras mal planeadas, fúteis e duvidosas, o que, sem que vejam os munícipes obra para tal, endividou o Município monstruosamente, sendo a verdadeira dimensão dessa dívida, pouco clara.


Para terminar digo basta. Tenham um pouco de bom senso e aceitem esta moção de censura, não como mais um discurso de oposição, mas sim um relembrar e a analise das vossas atitudes, que não são só condenáveis por este grupo municipal, ou este deputado que vos fala, mas sim por tomarenses que como a maioria de vocês gosta de Tomar.


Aceitar os erros, é próprio dos grandes homens e governantes, resta saber se efectivamente os temos em Tomar.

A ver vamos.

1 comentário:

Anónimo disse...

vai-te catar pá!